Escrevia poemas e canções com a velocidade de um rapper. Deixou cadernos, cartas, rabiscos, e muitas memórias, vivas. Autodidata, aprendeu inglês e traduzia notícias para a Rádio Educadora de Bragança. Teve desilusões amorosas, passou pelo Convento, foi professora, e bancária durante anos. Sofria com diabetes, além da solidão da velhice, e das dores pela perda de uma filha adotiva. Morava sozinha, vivia da aposentadoria e da ajuda de familiares e amigos. De corpo frágil, alma rija, e com os olhos a brilhar, quando recordava memórias da vida. Bem humorada, contava causos, inventava narrativas. Hoje, 27 de Novembro, ela completaria hoje 78 anos de idade. Cirene Maria da Silva Guedes estava com 74 anos quando morreu no dia 16 de agosto de 2015. Nasceu em Tentugal (outrora, Ourém, hoje, Santa Luzia). Era filha de Severino Guedes de Araújo com Laura Alves da Silva. E foi criada pelos tios Odorico Alves da Silva e Maria Augusta Almeida e Silva, meus avós de cr...
Arte e Cultura na Amazônia