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Escola de Caratateua entra na REDE FICCA



A escola municipal Padre Ângelo Maria Abeni, da Vila de Caratateua, Bragança, é a mais nova parceira do Festival internacional de Cinema do Caeté – FICCA. A entrada da escola na #REDEFICCA foi sacramentada esta manhã, durante encontro informal entre a direção do FICCA e as professores Andrea Pacheco e Tatiana Gomes.
Mediante a parceria, o FICCA se responsabilizará pela coordenação de dois workshops artísticos com ênfase no uso do audiovisual como ferramenta pedagógica e de consciência po-ética. Estes encontros acontecerão no mês de agosto, entre os dias 4 e 7, na sede da escola, com a participação de professores, estudantes e de pessoas da comunidade. O FICCA é um jornada cultural sem fins lucrativos, o festival inverte a lógica do mercado audiovisual brasileiro e potencializa a liberdade criativa. Acontece em dezembro, mas até lá a organização do evento fará parcerias com escolas publicas e associações comunitárias para criar redes colaborativas pela via das quais sejam produzidos filmes coletivos de natureza documental e social, a partir de oficinas de formação em Roteiro /Produção / Realização / Montagem de ficção e documentários. Todos os filmes realizados nas oficinas comporão uma das mostras do FICCA e disputarão em pé de igualdade com os demais filmes que venham a ser enviados ao certame de dezembro.
A escola Padre Abeni possui cerca de 500 alunos, divididos em quatro turnos. Manhã, tarde, noite e intermediário. Cerca de 25 professores compõem o corpo docente que atua em sete salas de aula e três espaços pedagógicos, a sala de leitura, a sala de informática e a sala multifuncional.
A escola existe há 25 anos e fica localizada numa das vilas mais antigas do município, Caratateua, que tem cerca de sete mil e quinhentos moradores. A Vila tem uma zona rural e uma zona urbana, que é dividida nos bairros do Centro, Pedreira e Capanema.
A escola é referência regional do Programa Mais Educação, do governo federal. Cerca de 150 estudantes participam de várias modalidades, entre elas dança, letramento, teatro e esporte. De acordo com a professora Tatiana Gomes, a escola se orgulha deste feito, principalmente, se levarmos em consideração as dificuldades do trabalho dos professores, a limitação do espaço das salas, o acesso a escola na zona rural, entre outras cosias que não impediram o reconhecimento pedagógico da escola.
O coordenador do FICCA, jornalista Francisco Weyl, diz que todo este trabalho desenvolvido pelos professores poderá ser ainda mais aprimorado com a parceira entre a escola Padre Abeni e o festival. Isto porque a meta é construir processos coletivos e colaborativos, distantes da lógica de mercado que bloqueia a criatividade em benefício de uma cultura comercial que destrói a consciência comunitária.
“ Somando-se a escola pública de ensino fundamental Yolanda Pereira da Silva, de Taperaçú-Porto, já temos duas escolas na #REDEFICCA e vamos crescer ainda mais esta onda pela liberdade criativa, estamos em contato com diversas escolas e associações comunitárias e sindicais de toda a região com o objetivo de fazer deste festival um exemplo de solidariedade e de resistência, afinal, nossos interesses não são lucrativos e sim criativos.”, concluiu.

#DizqueFICCA: TIM: 9642 2018 / OI: 8821 2419
Texto/Fotos © #TRIBUNADOSALGADO

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