Eu sempre
respeitei o código de ética dos jornalistas, mas não por ser jornalista e sim
por ser ético.
Porque a
ética está acima de qualquer profissão.
Todo ser tem
o seu código de ética, é por esta via que ele constrói algum sentido para a sua
limitada existência.
Alguns têm
religião, mas esta não é a questão aqui especificada.
Toda
religião tem a sua própria ética embora digam que é uma só.
Mas a ética
em si é uma só e quando se está diante da vida há que ter ética.
Sendo a
ética uma única coisa, ela também é ao mesmo tempo, várias coisas.
Mas não
existe um tempo ético, e se existe, este tempo é a permanência, embora as
coisas em si sejam perenes.
Nenhuma alma
tem de defender a sua ética, porque a ética já está alojada como um projétil,
no ser humano.
Limitar a
ética a alguma coisa é se tornar um ser limitado, portanto.
Jamais
limitaria minha ética ao fato de ser jornalista.
Ou poeta.
Logo eu sinto
que como jornalista muitas vezes eu mais sou cúmplice do que investigador.
Talvez
porque como cientista eu seja mais metafísico do que lógico, ou mais rizomático
do que monolítico.
É, eu
acredito, mas é no ocorrer das coisas que eu me detenho, á revelia de uma
história, ou de uma estrutura que essas coisas possam vir a possuir, ou que
possam, estas coisas, estar contidas nessas coisas.
Quando eu
ando na praia eu não sinto a textura da filosofia da areia.
Ou a
biodiversidade do a-mar.
Eu mergulho.
Mas o jornalismo
não é a minha profissão de fé.
E ética não
é uma questão de fé.
É a cena em
si mesma, desde a origem.
Ou então não
é.
Sou amante
do que faço, deito com o que faço, acordo com o que faço, vivo o que faço,
apenas com paixão.
Jamais
limitaria minha ética a uma profissão.
E jamais me
limitaria a uma profissão, ou a um determinado tipo de ética que fosse
hipócrita.
Respeito
cada fonte e cada palavra pronunciada, na sua verdde, ética, mas não me furto
ao debate crítico acerca de sua interpretação.
E acrescento
a isso um pouco de poesia, tornando mais humana a leitura.
No decurso
do texto, um mundo se abre.
Tudo pode,
todos podem, tudo.
E você,
leitor escolhe os seus caminhos, livres.
Não há
regras, apenas ética.
©
Carpinteiro
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