A súbita morte de uma criança de nove anos deixou Bragança abalada.
Ocorrido no dia 25/3/2017, o fato trouxe tristezas aos seus pais,
parentes, amigos em Bragança do Pará.
Seu enterro foi um momento de grande emoção, mas também de reflexão.
Paulinha estudava na Escola Santa Terezinha.
Há cerca de dois meses, ela começou a sentir sintomas de dores de
cabeça.
Depois, apresentou mãos trêmulas, e dificuldades em se equilibrar.
Além disso, passou a ter dificuldades em articular as palavras.
Seus familiares a levaram ao Hospital Santo Antônio Maria Zacarias, que
a mandou de volta para casa, com a recomendação do exame “Tomografia”.
Mas o exame não foi realizado, os sintomas evoluíram, e, em cerca de
vinte dias, mais uma vez, ela foi encaminhada ao mesmo hospital (22/3).
No dia 24/3, realizou uma tomografia, com laudo assinado pelo Dr.
Antônio Marcos Gomes, do serviço de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do
HSAMZ (CRM 8208).
O exame revelou presença de massa medindo aproximadamente 6,2 cm X 3,9
cm, e um coagulo determinando o colapso de algumas funções cerebrais.
Dentre os diagnósticos diferenciais, o exame considerou a possibilidade
de um meduloblastoma.
Meduloblastoma se origina nas
células neurológicas mais primitivas da medula do cerebelo.
Provavelmente, o tumor – para alcançar esta dimensão observada – já
deveria estar em evolução há pelo menos dois anos.
Causado por mutações genéticas, Meduloblastoma é um câncer do cerebelo,
de crescimento rápido, pouco invasivo e mais comum em crianças, que se origina
nas células neurológicas mais primitivas da medula do cerebelo.
Sua incidência anual é de 24,5 casos por cada 1 milhão de crianças.
Representa cerca de 20% de todos os cânceres do sistema nervoso central em
menores de 18 anos. Geralmente aparece em menores de 5 anos.
Vômitos freqüentes e volumosos, especialmente na parte da manhã, dor de
cabeça, especialmente pela manhã, náuseas e tontura, perda da coordenação
motora, confusão mental, e alterações visuais, como visão dupla e movimentos
oculares inusuais, são os sintomas mais comuns deste tumor maligno, que é sólido, rosa cinzento e bem circunscrito, com muitas mitoses, pouco citoplasma
e tem a tendência de formar aglomerados e rosetas.
O tratamento consiste na remoção cirúrgica do tumor, tanto quanto
possível, radioterapia e, em seguida, quimioterapia. Esta combinação de
terapias permite uma sobrevivência de 80% nos 5 anos após o diagnóstico.
Fonte © #TRIBUNADOSALGADO
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