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Mostrando postagens de outubro, 2017

Não fui enterrar meu camarada, justo ele, que vivia a desenterrar os mortos (Por Carpinteiro de Poesia)

Sempre lhe disse que sua sina era retirar do fundo o que fora soterrado, para que os antepassados, enfim, sejam sacralizados. Meu camarada tinha orgulho de seus pais, da luta que eles travaram, e em cujas trincheiras, nasceu, e foi ele criado. Meu camarada foi torturado ainda no útero da Mãe, e ouso dizer que passou a vida tentando superar esta agressão não apenas contra os corpos, seu e de sua mãe, mas contra a sua própria alma. Ele sabia como ninguém fazer poesias com versos longos que mais pareciam narrativas épicas dos grandes guerreiros. Ele foi um grande combatente, desses que sabe fazer o bom combate, bate, apanha, cai, levanta, sorri, segue em frente, aqui e ali, recolhendo e refazendo o que se dispersara pelo caminho. Sua militância social era antes de tudo humana na dimensão que esta palavra nos lança, no exagero desta própria humanidade, nos seus próprios erros, nas suas próprias crenças, nas suas próprias formas de intensidades para as coisas ás quais se lançava...

#PRÊMIO “Aluno Repórter vence Regional e vai com força para o Itaú-Unicef Nacional”

Pela segunda vez consecutiva o projeto Aluno Repórter conquistou o Prêmio Regional Itaú-Unicef. O anuncio foi feito nesta semana pelo professor e radialista Beto Amorim, coordenador do projeto, que existe desde 2008. Resultado da parceria entre a Escola Estadual do Rocha, e Fundação Educadora de Comunicação, o projeto – que faturou R$ 20 mil com a conquista regional - vai disputar o prêmio nacional (R$ 100 mil). O “Aluno Repórter faz parte do processo de construção do conhecimento, que não vem apenas da sala de aula propriamente dita, mas de atividades que envolvam toda comunidade intra e extra-escola com as novas tecnologias de informação e comunicação”, afirma Beto Amorim. O projeto contribui na formação integral de alunos da rede pública de ensino, desenvolvendo habilidades e competências, tendo como referência as Tecnologias de Informação e Comunicação, com ênfase para o Rádio e a TV. Ao participar do “Aluno Repórter”, o jovem obtém formações no campo da comunicação radiofônica...

#HISTÓRIA “Obra sobre Bragança do Pará será lançada na Câmara Municipal”

Com textos sobre a História e a Economia de Bragança do Pará,  “Bragança (PA): Política, Família, Comércio” , será lançada a partir das 18H desta sexta-feira, 27 de outubro, na Câmara Municipal. É uma rara oportunidade para os cidadãos bragantinos e amantes desta terra interessados em pesquisar de forma responsável as questões relacionadas ao desenvolvimento da Região. A coletânea foi escrita por Alessandra Patrícia Silva de Oliveira, Danilo Gustavo Silveira Asp, e Alexandre de Brito Alves, ex-alunos do Campus UFPa no Município. Os quatro artigos foram selecionados pelo professor Ipojucan Dias Pontes, que também assina um texto e responde pela coordenação da obra. O primeiro é sobre terras, casamentos, poder e famílias, no século XIX. O segundo trata sobre defloramentos em Bragança nas décadas de 191--1940. O terceiro versa sobre comércio e a produção do sal na Região, durante o Século XX. E o quarto é sobre os tiradores de caranguejos do manguezal da estrada Bragança-Ajurut...

#LUTO "Este talvez seja o texto mais difícil de minha vida" (Por Carpinteiro de Poesia)

Paulo César de Lima Fonteles Filho, ou Paulo Fonteles, o Paulinho, nunca deixou de ser menino. Era um ser humano de bom coração, solidário, guerreiro, combativo, altaneiro, poeta. E tinha sempre um sorriso estampado no rosto, mesmo quando estava sério. Sabe quando você tem um amigo ao qual você sente a força de chama-lo de companheiro? Mas não me recordo quando nos conhecemos, tempos fazem, ele visitava minha casa, e eu a dele. Andamos juntos, dormimos juntos, bebemos juntos, amamos juntos, combatemos juntos, lemos poemas juntos, fizemos poesias um para o outro. Ele me chamava de Zenito, nome de meu pai. Era sim, um amor sincero e lindo, platônico, espirituoso, desses quer transcendem a própria materialidade e se alojam num lugar tão sagrado que necessitamos percorrer uma longa estrada para encontrar, por entre amanheceres e mistérios. Porque a vida, apesar de infinita, não cabe num abrir e fechar de olhos, pelo que temos que ficar acordados sem perder os nossos sonhos...