Depois de Belo Monte, o próximo megaprojeto de engenharia previsto pelo Governo Federal na Amazônia é o Complexo Tapajós.
E, assim como o Xingu foi afetado, na sua biodiversidade, e suas populações desrespeitadas, em Altamira e São Felix, algumas áreas que serão alagadas são habitadas por indígenas e ribeirinhos.
A previsão é a construção de cinco usinas hidrelétricas, que vão mudar radicalmente a bacia do Rio Tapajós, afetando uma área maior do que a da cidade de São Paulo (1.979 quilômetros quadrados, 197.200 hectares).
A principal usina será a de São Luiz do Tapajós, e vau alagar 722,25 quilômetros quadrados, entre os municípios de Jacareacanga e Itaituba.
As Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobrás), que serão privatizadas por Bolsonaro, comanda a empreitada.
Com interesse no lucro, pouco vai se importar com os impactos humanos e ambientais.
A Eletrobrás quer gerar 6.133 megawatts (MW), tornando São Luiz do Tapajós a quarta principal usina do país.
O projeto hidrelétrico do Governo Federal pretende implantar 48 barragens na calha do Tapajós.
A Eletrobras já entregou o estudo e relatório de impacto ambiental - EIA/Rima ao Ibama (cujas multas são criticadas por Bolsonaro) em agosto de 2014.
O Ibama identificou "inconsistências" e pediu complementos ao trabalho numa primeira avaliação desta fase de licenciamento ambiental.
E numa análise encomendada pelo Greenpeace junto a cientistas do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), do Museu Paraense Emílio Goeldi, e da Universidade Federal de Pernambuco, observaram-se "problemas graves" no EIA/Rima da usina hidrelétrica de São Luiz do Tapajós.
Mas, o impacto desta complexa a obra sobre uma das regiões de floresta mais preservadas do Brasil jamais será considerado pela ganância de quem destrói coisas belas.
Em Belo Monte, assistimos a grande batalha judicial e diversas denúncias mas a obra se concretizou.
Foi a abertura de uma fronteira.
Tapajós está na agulha.
Francisco Weyl - com informações de Greenpeace e Repórter Brasil (FOTO)
NR:
Acompanhe as ações no MP sobre este assunto:
http://www.prpa.mpf.mp.br/news/2015/arquivos/Tabela_acompanhamento_Tapajos_Teles_Pires_abril_2015.pdf
https://www.amazonia.org.br/wp-content/uploads/2012/09/ACP-Consulta-Previa-Tapaj%c3%b3s.pdf
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