Pular para o conteúdo principal

#MEMÓRIA ”Paraense chora Notre Dame mas ignora Dalcídio Jurandir”

Longe de mim escarniar da sincera dor das pessoas, todo meu respeito aos que sofrem com o incêndio da Catedral de Notre Dame, em Paris, quanto com os que sentiram parte da história do Brasil virar cinzas com o incêndio do Museu Nacional, ano passado, entretanto, fica-me uma questão, que tenho imensa dificuldade de entender, a atitude destes cidadãos do mundo que nasceram no Pará, e que desconhecem a nossa terra, apesar de se deslumbrarem com a cultura alheia, desconfio que não cônscios da subalternidade de seu auto-colonialismo, que nega a sua origem e ignora a sua própria formação histórica e a diversidade de sua cultura, quando não apenas jamais leram, quanto desconhecem a importância de Dalcídio Jurandir para a Literatura, enquanto linguagem artística global, razão pela qual não falaram nada quando desabou o Chalé do Extremo-Norte (Foto), nome da antiga Residência do escritor paraense Dalcídio Jurandir, imóvel sito à Avenida Coronel Bento Miranda, n° 621, esquina com a Travessa Alfredo Pereira, bairro de Petrópolis, município de Cachoeira do Arari, Arquipélago do Marajó, Estado do Pará, que, aliás, foi Tombado pela Lei Estadual n° 5.629 de 20.12.1990, que dispõe sobre a preservação e proteção do patrimônio histórico, artístico, natural e cultural do Estado do Pará, mas que, abandonado pelos poderes públicos, literalmente, tombou em plena gestão do governo do PT (2012), pouco depois de comemorado o Centenário do escritor (2009), motivo de falas, comemorações, e excursões culturais às terras onde nasceu e criou Dalcídio.


Francisco Weyl


Fonte das fotos: Blog do José Varela

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A última postagem da Tribuna do Salgado

Independente, combativa, crítica, sem rabo preso, sem financiamentos de partidos e de grupos políticos e empresariais, TRIBUNA DO SALGADO fez um bom combate, mas já cumpriu o seu papel, razão pela qual informo que este projeto editorial deixará de existir, objetivamente, no dia 31 de Março de 2020. O lançamento oficial da primeira edição (impressa) do Jornal TRIBUNA DO SALGADO aconteceu numa sexta-feira, dia 25 de abril (2014), no espaço Adega do Rei, em Bragança do Pará, tendo o projeto funcionado com reduzida estrutura desde a fundação, com algumas preciosas colaborações,   de abnegados amigos e parceiros. De equipe reduzida, sempre foi um David contra os Golias da opressão. Privilegiamos temas como cultura, cidade e comunidade, sem espaços para textos e imagens apelativas como sexo e violência, que infestam como pragas as consciências humanas. Nosso lema, a liberdade de expressão, o respeito à opinião, e à crítica dos leitores, sem, jamais publicar boatos ou acusaçõ...

#CENTENÁRIO “O resgate da associação cultural e desportiva que afirma a Bragança Negra”

Idealiza-se demasiado uma suposta colonização francesa de Bragança, e do mesmo modo, mitifica-se uma Bragança indígena, mas muito pouco se destaca a presença marcante da negritude em Bragança. E apenas quando há referências à tradição da Marujada é que se enaltece mais as heranças do que a matriz negra de São preto, que era de origem etíope. Benedetto migrou de África para Sicília, Itália, onde primeiro esmolou, e entrou pelas portas do convento, para ajudar na cozinha, tornando-se, com o tempo, um Monge-Cozinheiro. E foi uma associação desportiva-cultural, entretanto, que veio a afirmar a força negra na sociedade bragantina. Fundado em 1917, o TIME NEGRA completa 100 anos, com direito a homenagens aos seus ex dirigentes e associados, e a as pessoas que fizeram tanto o esporte quanto o carnaval da entidade. Em sua época áurea, entre os anos 1948 e 1962, o TIME NEGRA conquistou o título de clube mais querido de Bragança, em pesquisa feita pelo Jornal do Caeté. E para isso teve de ...

#DOCUMENTÁRIO "A poeta do Xingu"

“Filme da Série Vozes do Xingu, realizado no âmbito do projeto “Memórias de trabalho e de vida frente à construção de Belo Monte”, e que, sob a coordenação da professora Elizabete Lemos Vidal, da Universidade Federal do Pará, apresenta depoimentos de moradores da Volta Grande do rio Xingu, atingidos pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.