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#REDE “Bragantinas fazem Roda de Conversa para criar rede de solidariedade entre mulheres”

Muitas mulheres precisam de um espaço para falar e ser ouvida, dividir o que sente, a sua dor, o seu momento, encontrar o seu lugar de fala diante do sufocamento da sociedade machista que a oprime.
A opinião é da Bacharel em Direito, fotografa e produtora de arte, Dri Trindade, que mobilizou a primeira reunião de um movimento que pretende criar uma rede solidária entre mulheres.
A Roda de Conversa aconteceu na noite desta quarta-feira, 10 de abril, no Museu da Marujada, em Bragança do Pará, onde a mulheres dividiram seus sentimentos e sua dor.
Foi um momento bastante gratificante, e que fortaleceu a luta feminina, segunda a opinião de muitas participantes do encontro, que se manifestaram em suas redes sociais.
De acordo com estes depoimentos, as mulheres perceberam unir forças, criar esta rede de apoio, para construir este momento de fala,  feminina, para acolher e fortalecer a autoestima das mulheres bragantinas.
De acordo com Dri Trindade, foi o momento onde cada mulher pode contar a sua experiência, ouvir, e ser tocada pela historia de todas quer tiveram coragem de expor suas vidas e os seus propósitos de estarem no encontro.
“Foi nossa primeira roda, o nosso primeiro momento, muitas falaram, outras nem tanto, é um despertar de seu próprio eu, um processo em que cada uma vai abrir a sua concha, muitas mulheres que nem puderem estar presente, também queriam estar lá, mas tem a barreira de dar o seu primeiro passo, é um processo interno delas, e as que lá estiveram fizeram suas falas, uma fala feminista, uma fala homossexual, foi lindo, um despertar, estamos em busca maior desta definição, de nós mesmas, de se autoconhecer, se autoafirmar, autofortalecer, nós estamos precisando deste lugar de fala, e isso é libertador para todas, e isso nos fortalece, mutuamente”, declara a fotógrafa.
Novos encontros deverão ocorrer, assim como alguns projetos serão construídos, entretanto, as mulheres preferiram não avançar com as ideias, pois, segundo elas, é melhor silenciar para que as mesmas ganhem mais força, saiam do casula e voem como borboletas, entretanto, não há dúvida, que este movimento tende a crescer.
De nossa parte, enquanto artivista social, e jornalista responsável por este Jornal que tem compromisso com os direitos humanos, apoiamos a causa e nos dispomos a colaborar na divulgação destes encontros e seus projetos que sem dúvida empoderam  mulher bragantina.

Fonte © #TRIBUNADOSALGADO



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