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#CULTURA “Aroldo Pedrosa é candidato a conselheiro no segmento da literatura no Amapá”


Escritor, poeta, compositor, produtor cultural e jornalista, Aroldo é um guerrilheiro cultural latino-americano, agora, em campanha para se tornar conselheiro no segmento da literatura no Amapá.
As inscrições encerraram dia 26 de abril, e as eleições ocorrem dia 26 de Maio.
Cerca de 80 pessoas – entre escritores, dramaturgos, poetas, contadores de histórias e declamadores do Amapá – estão cadastrados para votar.
De acordo com o poeta, sem verdadeira participação e envolvimento de todos, não se pode caminhar ou chegar a lugar nenhum: “Estamos mais que nunca juntos”, afirma.
Aroldo ganhou o nome dos pais, nordestinos (o pai José, de João Pessoa, Paraíba, e a mãe, Maria, de Juazeiro do Norte, Ceará).
Foi o penúltimo filho de uma família de 11 irmãos, mas o primeiro nascido na Amazônia, na cidade de Macapá, Amapá.
Era muito menino ainda quando a literatura, ao lado da música popular brasileira, tocou o seu coração.
Estudante do Colégio Amapaense com 12 anos de idade, aluno da saudosa professora Risalva Amaral, descobriu o encanto das palavras nas páginas mágicas de Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Vinicius de Moraes, Fernando Pessoa e Luiz Vaz de Camões.
Com esta mesma idade, foi vendedor de discos na loja Tope-Tape, onde ouviu Beatles, Rolling Stones, Bob Dylan, Jimmi Hendrix e Janis Joplin, a Tropicália de Caetano e Gil, a Jovem Guarda de Roberto e Erasmo Carlos, e a música de protesto de Geraldo Pedrosa de Araújo Dias - o Geraldo Vandré - nos grandes festivais de MPB.
Em princípio dos anos 1970, seu pai, que era garimpeiro, mudou-se com a família para Itaituba, no oeste do Pará, onde passou a frequentar a Biblioteca , no Ginásio Normal Santana - a única da cidade.
Nessa escola, lançou “A Rosa”, jornal de mimeógrafo, onde começou a escrever e publicar os primeiros poemas, ao lado do irmão, Ademir.
Datam dessa época, seu encontro com "O Corvo", do poeta louco americano Edgar Allan Poe, "Ana Terra", do escritor gaúcho Érico Veríssimo, e "Capitães da Areia", do baiano Jorge Amado.
Aroldo foi professor de Educação Artística e fez televisão, Diversão & Arte - programa que movimentou a cultura naquele município com problemas sociais à época.
Em Belém cursou o 2° Grau (Ensino Médio) no Colégio Gentil Bittencourt, tendo sido o melhor aluno em língua portuguesa e, principalmente, literatura.
Escreveu sobre cinema nos jornais “O Liberal” e “A Província do Pará”.
De volta a Macapá, em meados de 1990, produziu e apresentou na Rádio Difusora de Macapá a Vanguarda Cultural.
E no dia 1° de maio de 2003, há 16 anos, lançou "Vanguarda Cultural - Uma odisseia nos trópicos" em forma de jornal-revista e, a partir daí, com o Navegando na Vanguarda - Projeto de Cultura e Meio Ambiente Amazônicos, agitou Macapá.
Nesse ínterim, foi agente cultural e assessor de comunicação do Navegar Amazônia.
Na maior expedição do projeto, viajou com Jorge Mautner e Nelson Jacobina, os compositores de Maracatu Atômico.
Venceu alguns festivais de música popular pelo Brasil inteiro.
Seu poema, “Valsa de Ciranda”, musicado por parceiros, colocou a cantora Patrícia Bastos na cena nacional.
Foi ainda diretor do Teatro das Bacabeiras, onde produziu projetos como: A Tropicália na Linha do Equador, O Lado Brega-Cult da Tropicália, Desde que o Samba é Samba é Assim e O Cinema de Glauber Falado de Novo.
Por causa deste seu trajeto, entrou na galeria dos 100 maiores produtores culturais do País.
E agora é pré-candidato a conselheiro no segmento da literatura - biênio 2018/2021 - do CEPC/AP.
E pensa que ainda tem muito a fazer pelo movimento cultural na Amazônia e, sobretudo, pela literatura do Amapá.

Fonte © Francisco Weyl, Diretor/Editor da TRIBUNA DO SALGADO / Jornalista DRT-Pa 2161 - com informações de Aroldo Pedrosa







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