Pular para o conteúdo principal

Ajuruteua se penteia para o caboclo passar



Eua é uma terminação de origem tupi que significa muito. Assim sendo, Ajuruteua é uma expressão que significa terra de muitos ajurus. Há demasiados pés desta frutinha de cor vermelha clara numa das praias mais procuradas por paraenses e turistas , principalmente nesta época de julho. Há também muitas histórias e estórias de amores por sobre asdunas onde florescem estas frutas.

Ajuruteua é isso.
A Ilha fica há 36 quilômetros de Bragança, distante cerca de 200 quilômetros de Belém. A viagem em média dura duas horas e meia de Belém a Bragança (BR 316). E cerca de trinta minutos de Bragança a Ajuruteua (PA 458). E o percurso tem paisagens majestosas, com direito a garças, guarás, pica-paus, urubus-rei, além de “verdadeiros” oásis formados pela acumulação das águas marinhas ao largo da rodovia que corta o mangue. Mas, cuidado com os caranguejos na pista, porque, no período do “suatá”, eles saem dos manguezais para namorar. E recomenda-se também cuidado com os canais e as marés para não ficar ilhado.
Ajuruteua se divide em dois núcleos, sendo a Vila de Pescadores onde se pode comprar peixe fresco, apesar de que maior parte do produto aqui pescado vai para outros centros e praças. Outro núcleo é a própria Praia, onde moram cerca de trezentas pessoas, a maioria das quais em casas de madeira. Mas há muitas pousadas e residências para aluguel por temporada. A vantagem dos últimos anos é que o Ministério Público proibiu a circulação de veículos na praia, ou seja, as famílias têm que se preocupar apenas com o protetor solar das crianças, sem aquele estresse típico dos grandes centros urbanos.

TRIBUNA DO SALGADO © FOTO: #DriTrindade



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A última postagem da Tribuna do Salgado

Independente, combativa, crítica, sem rabo preso, sem financiamentos de partidos e de grupos políticos e empresariais, TRIBUNA DO SALGADO fez um bom combate, mas já cumpriu o seu papel, razão pela qual informo que este projeto editorial deixará de existir, objetivamente, no dia 31 de Março de 2020. O lançamento oficial da primeira edição (impressa) do Jornal TRIBUNA DO SALGADO aconteceu numa sexta-feira, dia 25 de abril (2014), no espaço Adega do Rei, em Bragança do Pará, tendo o projeto funcionado com reduzida estrutura desde a fundação, com algumas preciosas colaborações,   de abnegados amigos e parceiros. De equipe reduzida, sempre foi um David contra os Golias da opressão. Privilegiamos temas como cultura, cidade e comunidade, sem espaços para textos e imagens apelativas como sexo e violência, que infestam como pragas as consciências humanas. Nosso lema, a liberdade de expressão, o respeito à opinião, e à crítica dos leitores, sem, jamais publicar boatos ou acusaçõ...

#CENTENÁRIO “O resgate da associação cultural e desportiva que afirma a Bragança Negra”

Idealiza-se demasiado uma suposta colonização francesa de Bragança, e do mesmo modo, mitifica-se uma Bragança indígena, mas muito pouco se destaca a presença marcante da negritude em Bragança. E apenas quando há referências à tradição da Marujada é que se enaltece mais as heranças do que a matriz negra de São preto, que era de origem etíope. Benedetto migrou de África para Sicília, Itália, onde primeiro esmolou, e entrou pelas portas do convento, para ajudar na cozinha, tornando-se, com o tempo, um Monge-Cozinheiro. E foi uma associação desportiva-cultural, entretanto, que veio a afirmar a força negra na sociedade bragantina. Fundado em 1917, o TIME NEGRA completa 100 anos, com direito a homenagens aos seus ex dirigentes e associados, e a as pessoas que fizeram tanto o esporte quanto o carnaval da entidade. Em sua época áurea, entre os anos 1948 e 1962, o TIME NEGRA conquistou o título de clube mais querido de Bragança, em pesquisa feita pelo Jornal do Caeté. E para isso teve de ...

#DOCUMENTÁRIO "A poeta do Xingu"

“Filme da Série Vozes do Xingu, realizado no âmbito do projeto “Memórias de trabalho e de vida frente à construção de Belo Monte”, e que, sob a coordenação da professora Elizabete Lemos Vidal, da Universidade Federal do Pará, apresenta depoimentos de moradores da Volta Grande do rio Xingu, atingidos pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.