Pular para o conteúdo principal

#CIRENE "Bragança conta 1º ano sem a sua poeta maior"

Tinha 74 anos quando morreu no dia 16 de agosto de 2016.
Nasceu em 24 de novembro de 1941, em Tentugal (hoje, Santa Luzia).
Filha de Severino Guedes de Araújo e Laura Alves da Silva.
Criada pelos tios Odorico Alves da Silva e Maria Augusta Alemida e Silva.
Os dois também criaram minha mãe, que era órfã.
Autodidata, aprendeu inglês, sozinha, e traduzia as notícias para a Rádio Educadora, onde era radialista-colaboradora.
Passou pelo Convento, foi professora e bancária durante anos.
Curiosamente, morreu dois dias após o lançamento de seu único livro (“Poemas Molhados”, editado pela Academia de Letras e Artes de Bragança – ALAB), ao qual nem compareceu porque já estava hospitalizada.
Na ALAB, Cirene ocupava a cadeira Nº 6, que tem como patrono é Dom Eliseu Maria Coroli.
Sua obra é um tesouro de nossa cultura, ao serviço da História da Literatura bragantina, paraense e mundial.
Será homenageada pela Pastoral da Juventude do Perpétuo Socorro dia 20 de agosto próximo.
Além dos 400 poemas molhados, deixou cadernos, cartas, rabiscos, e muitas memórias vivas nas narrativas das diversas pessoas que a conheceram e que a imortalizam cada vez que falam sobre ela.
Tia Cirene vive em cada uma das pessoas que a amavam.
 


Fonte © #TRIBUNADOSALGADO (Texto: Francisco Weyl / Foto #DRITRINDADE)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A última postagem da Tribuna do Salgado

Independente, combativa, crítica, sem rabo preso, sem financiamentos de partidos e de grupos políticos e empresariais, TRIBUNA DO SALGADO fez um bom combate, mas já cumpriu o seu papel, razão pela qual informo que este projeto editorial deixará de existir, objetivamente, no dia 31 de Março de 2020. O lançamento oficial da primeira edição (impressa) do Jornal TRIBUNA DO SALGADO aconteceu numa sexta-feira, dia 25 de abril (2014), no espaço Adega do Rei, em Bragança do Pará, tendo o projeto funcionado com reduzida estrutura desde a fundação, com algumas preciosas colaborações,   de abnegados amigos e parceiros. De equipe reduzida, sempre foi um David contra os Golias da opressão. Privilegiamos temas como cultura, cidade e comunidade, sem espaços para textos e imagens apelativas como sexo e violência, que infestam como pragas as consciências humanas. Nosso lema, a liberdade de expressão, o respeito à opinião, e à crítica dos leitores, sem, jamais publicar boatos ou acusaçõ...

#CENTENÁRIO “O resgate da associação cultural e desportiva que afirma a Bragança Negra”

Idealiza-se demasiado uma suposta colonização francesa de Bragança, e do mesmo modo, mitifica-se uma Bragança indígena, mas muito pouco se destaca a presença marcante da negritude em Bragança. E apenas quando há referências à tradição da Marujada é que se enaltece mais as heranças do que a matriz negra de São preto, que era de origem etíope. Benedetto migrou de África para Sicília, Itália, onde primeiro esmolou, e entrou pelas portas do convento, para ajudar na cozinha, tornando-se, com o tempo, um Monge-Cozinheiro. E foi uma associação desportiva-cultural, entretanto, que veio a afirmar a força negra na sociedade bragantina. Fundado em 1917, o TIME NEGRA completa 100 anos, com direito a homenagens aos seus ex dirigentes e associados, e a as pessoas que fizeram tanto o esporte quanto o carnaval da entidade. Em sua época áurea, entre os anos 1948 e 1962, o TIME NEGRA conquistou o título de clube mais querido de Bragança, em pesquisa feita pelo Jornal do Caeté. E para isso teve de ...

#DOCUMENTÁRIO "A poeta do Xingu"

“Filme da Série Vozes do Xingu, realizado no âmbito do projeto “Memórias de trabalho e de vida frente à construção de Belo Monte”, e que, sob a coordenação da professora Elizabete Lemos Vidal, da Universidade Federal do Pará, apresenta depoimentos de moradores da Volta Grande do rio Xingu, atingidos pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.