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#ANÁLISE “Candidatos ricos X eleitores pobres” (Carpinteiro de Poesia)

Bragança > 28 de Agosto de 2016
#ANÁLISE “Candidatos ricos X eleitores pobres” POR Francisco Weyl, diretor/editor da #TS

O IBGE - instituto Brasileiro Geral de Estatística estima que Bragança possui 121.528 habitantes.
Um lugar tão belo e utópico, feito de pessoas sonhadoras, com uma juventude vigorosa.
Município com praias, igarapés, campos, florestas, mas que esconde  para debaixo dos preconceitos machistas do mito da ponte do Sapucaia a sua maior pobreza.
A maioria da população é pobre.
Bragança continua no G100, que compreende os cem municípios mais pobres do país.
Indicadores oficiais nacionais revelaram que a situação não melhorou entre 2012 e 2014.
Mas, uma rápida análise dos bens dos candidatos a prefeito e vice-prefeitos no Município nos leva a uma triste conclusão.


É grande o fosso que separa a realidade de miséria os muitos cidadãos pobres da riqueza de poucos.
Comparativamente, a julgar pelo que está declarado no TSE, os candidatos a vice-prefeitos são os mais abastados financeiramente.
E detalhe que ainda não apareceram no TSE as declarações de bens dos candidatos a vice-prefeito Nadson Monteiro, vice de Edson (15).
E declaração de renda do Padre também não consta do site do TSE.
Nem deverá constar porque Padre faz voto celibatário e de pobreza, quando segue o sacerdócio.
Tudo o que ele tem é da Igreja.
Pelo menos, tem de ser.
E a Igreja, que não é pobre, indiretamente está rachada.
Parte dela segue com Padre.
E outra com “Raimundão”, por causa do Vice-rico Mário Júnior, que tem declarados mais de R$ 2,5 milhões em bens.
Outra vice-rica é Socorro Lobão, mulher guerreira, de fibra, trabalhadora, simpática, corajosa.
Corajosa até demais pela escolha de ser vice quando deveria ser candidata a prefeita.
Mas ninguém é perfeita.
Ela acompanha a aventura do Padre, que concorre a reeleição com gestão mal avaliada e índices desgastantes de rejeição.
No seu primeiro comício, ele foi confrontado com protesto de professores grevistas por causa do atraso no pagamento de salários.
Não se saiu mal.
A campanha segue sua rotina nas ruas e nas redes.
Mas, não há marqueteiro que possa tornar bela a pobreza de muitos diante da riqueza de poucos.


Fonte © #TRIBUNADOSALGADO (Texto Francisco Weyl / FOTO #DRITRINDADE - meramente ilustrativa)

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