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#GÊNERO “Uma mulher sofre violência a cada 36 horas em Bragança”

Bragança > 12/08/2016

142 casos de violência contra mulher foram registrados entre janeiro e julho deste ano em Bragança.
De acordo com a delegada Cristina Lima, que comanda o ProPAZ, estes números revelam o crescimento da violência contra a mulher na Região.
Ano passado, neste mesmo período, foram 114 registros.
De acordo com o Mapa da Violência (2012), ocorreram 92.100 homicídios de mulheres no Brasil, entre 1980 e 2010.
Só em 2011, 70.270 mulheres foram agredidas.
Mais de 50% delas foram vítimas de seus esposos e parceiros.
Ou seja, a violência contra mulher ocorre dentro de casa.
O ProPAZ  faz levantamento de dados, semestrais e anuais
Mas, as estatísticas ainda não estão oficialmente prontas, entretanto, consideremos que o primeiro semestre tem exatos 212 dias.
Fazendo as contas, chegamos a alarmante conclusão de que uma mulher sofre violência a cada 36 horas no Município.
Ou seja, observa-se um crescimento acima de 20%.
A maioria é agressão, informa a delegada.
A delegada tem um contingente mínimo para o trabalho.
Quatro (04) policiais civis, sendo ela própria, mais uma investigadora, e duas escrivãs de polícia civil.
É com este efetivo que o ProPAZ atua em Bragança, incluindo a zona urbana e rural , um público de cerca de 120 mil habitantes.
Alguns casos específicos que  geram  repercussão nos vizinhos municípios de Augusto Correa e/ou Tracuateua, também atendidos pela unidade especializada.
Não é o suficiente, mas tem sido pelo menos eficiente para dar conta da violência contra a mulher em toda a Região.
A delegada concorda que o efetivo ainda é pequeno, entretanto, informa que o Governo do Estado abrirá mais vagas com um concurso público para preencher esta lacuna.
Aqui em Bragança, são comuns os casos de assédio, estupro e outros tipos de violências físicas como as agressões.
Cristina Lima acredita que as mulheres bragantinas identificam o ProPAZ como um instrumento de defesa da cidadania e dos direitos delas.
O Município recebeu a unidade no dia 6/9/2012, há quatro anos.
“Desenvolvemos um trabalho efetivo na cidade de Bragança e também fazemos a orientação do público feminino no sentido de esclarecimento de seus diretos”, esclarece a delegada.
O artigo Nº 5 da Lei 11.340 configura como violência contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual, psicológico, dano moral ou material.
Conhecida popularmente como “Maria da Penha”, a Lei completou dez anos no dia 7 de agosto de 2016.
O ProPAZ se integra a rede de segurança e de proteção da mulher.
E deve garantir assistência, políticas públicas de proteção, e aplica a Lei Maria da Penha, na defesa das mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
O ProPAZ Integrado Bragança funciona na Rua Martins Pinheiro, S/N, esquina com a Duque de Caxias. Bairro Alegre, no horário de 07h às 19h.



                              Fonte © #TRIBUNADOSALGADO (Arte #DRITRINDADE)

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