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Mostrando postagens de 2018

#OPINIÃO "Estatuto Editorial da Tribuna do Salgado"

TRIBUNA DO SALGADO não pertence a nenhum grupo político ou empresarial, mas tem suas convicções políticas e ideológicas, com um jornalismo de qualidade, ético, crítico, e plural, interessado nos cotidianos das comunidades, nas quais habitam pessoas simples, gentes do povo. TRIBUNA DO SALGADO defende o estado de direito, os direitos humanos, a democracia, a liberdade de pensamento, e de expressão, a paz, o diálogo, a tolerância, e o inalienável direito do cidadão de informar e de ser informado, independentemente dos poderes econômicos, políticos e ideológicos. TRIBUNA DO SALGADO colabora com o desenvolvimento da economia, da comunicação social, e da cultura, e contribui com o debate de forma autônoma, no combate a todas as formas de opressão, entre estas, o fascismo, o racismo, a homofobia, a intolerância religiosa, preconceitos e violências contra mulheres, e comunidades tradicionais, quilombolas, e indígenas. TRIBUNA DO SALGADO não se interessa e não interfere na privacidade, na vida ...

#EDITORIAL Mais fortes são os poderes do povo!

Pela primeira vez na História do desde a proclamação da República do Brasil, que nenhum cidadão nascido no Norte e no Nordeste é convidado para compor o alto escalão do governo. Demonstração inequívoca de retaliação e descompromisso com estas duas regiões que geram energia e trabalho para a Nação, mas que votaram contra o candidato eleito presidente do Brasil. É também a primeira vez que um cidadão colombiano naturalizado brasileiro assumirá o comando da Educação como se o país não tivesse quadros para assumir tal responsabilidade. O presidente eleito - que sempre diz mas desdiz o que diz pelo que parece mesmo não ter palavra - disse que reduziria os ministérios para 15 mas 22 ministros já foram anunciados. Desses, 8 nasceram no Sul, tal qual o vice-presidente. 11 nasceram no Sudeste. 2 nasceram no Centro-Oeste. E há mais militares no governo do que durante o período ditatorial. Os gastos com a transição são escondidos da Nação e 9 futuros ministros ...

#GUERRILHA "FICCA afirma resistência do cinema social"

Vozes que ninguém ouve, pessoas que ninguém olha, lugares que ninguém vai. São estes cenários, ambientes, e personagens que se tornam protagonistas do FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DO CAETÉ – FICCA. Apesar de invisibilizados pela dinâmica do capitalismo, são revelados pelas cinematografias que compõem o festival. O FICCA abre janelas para as realidades de comunidades periféricas, quilombolas, indígenas. E também para o debate sobre direitos humanos, questões étnicas, de gênero, e religiosas. Em três dias, o IV FICCA projetou 21 filmes (foram 60 inscritos), realizou 4 MasterClasses artísticas, e cinco sessões internacionais. O festival encerra na tarde desta quarta (12/12), com transmissão em directo para redes sociais. © FICCA

#CAETÉ “Conheça o Rio em cujas águas nasceu o FICCA”

Ka'aeté é uma palavra de origem Tupy que significa mata virgem, densa: “ka'a”, mata; “eté”, verdadeira (NAVARRO, 2013, 550). No Século Sec. XVI, os índios Caetés habitavam parte do Nordeste do Brasil, desde a ilha de Itamaracá, até as margens do rio São Francisco, área limitada pelos potiguaras, ao norte; e, ao sul, pelos tupinambás. Mas, os índios foram considerados “inimigos da civilização” pela Inquisição, por, supostamente, praticarem um ritual antropofágico com o corpo de Dom Pero Fernandes Sardinha, primeiro Bispo do Brasil (BUENO, 2003, 18,19). O Caeté é o rio que banha a minha aldeia. (FRANCISCO WEYL). Junto com o nascer da Lua, por detrás das matas do Camutá, seu espelho revela um espetáculo mágico aos moradores e visitantes da cidade de Bragança do Pará. Da orla desta cidade, partem e chegam diariamente dezenas de embarcações com peixe, produto que alimenta grande parte da economia. Com 115 quilômetros de extensão, antes de desaguar no Atlântico, o rio atravessa e inf...

#HISTÓRIA “Festival reúne três países e diversas culturas”

A partir da troca de olhares, experiências, e perspectivas, o FICCA reúne criadores de diversas linguagens, poesia, música, cinema, e circula entre centro e periferia, escolas, comunidades quilombolas, espaços culturais,  religiosos, e acadêmicos. Em três anos de atividades (2014/2015/2016), o FICCA ajudou a consolidar a cultura cineclubista e cinematográfica, a partir de uma perspectiva democrática, e de um olhar crítico sobre o cinema. Com oficinas, conferências, rodas de conversas, e sessões cinematográficas, nas escolas públicas, comunidades quilombolas, praias, e praças, o FICCA se constituiu numa práxis de resistência cultural, independente, nas áreas urbana e rural, do Município de Bragança, Pará, Amazônia, Brasil. Com a mudança de seu criador e organizador de Bragança do Pará para Portugal, e com a parceria da Escola Superior Artística do Porto, o FICCA renova as esperanças de dezenas de realizadores que criam sua arte nas zonas de fronteiras. E que muitas vezes não tem esp...

#MOSTRA “Negro FICCA marca resistência do cinema étnico e social afro-brasileiro”

A partir do lugar da arte, e para além das geografias e das políticas, os filmes que compõem a Mostra NEGRO FICCA remetem na sua utopia ao sonho de construção de um mundo no qual os africanos e todos os herdeiros de suas tradições sejam reconhecidos pela sua força e inteligência. Parceria da Escola Superior Artística do Porto – ESAP, com o Cineclube Amazonas Douro, e o IV Festival Internacional de Cinema do Caeté, a Mostra de Cinema Negro FICCA exibe filmes de autores negros e/ou de temáticas a partir da arte e da resistência negra. São filmes realizados por negros, e/ou de temáticas negras, que venceram e/ou participaram das três edições do FICCA, cuja IV edição este ano de 2018 acontecerá na cidade do Porto, com apoio da ESAP. CURADORIA Há mais relações entre Brasil e África do que possa imaginar a nossa vã filosofia. Nas fronteiras entre estes dois “mundos”, observamos seu complexos fenômenos e diversos processos. Desde a Irmandade dos homens pretos da Ribeira Grande da Ilha de Sant...

#CULTURA "Difusora do Carimbó organiza festa do Círio de Nazaré em Lisboa"

Pessoa dotada de consciência social e que assume a sua história sem negar as suas raízes, é a mais importante difusora do Carimbó, além-mar. Feminista, ativista política de esquerda, combate o neoliberalismo e tem na cultura popular sua principal trincheira. E por isso já se tornou referência na produção de eventos multiculturais, nos quais as manifestações tradicionais entram em sintonia com o classicismo e a modernidade do Velho Continente. Graduada em Letras pela Universidade Federal do Pará, Bebel Luz, 40, trabalhou por 10 anos na Secretaria de Cultura do Estado do Pará e hoje finaliza o Mestrado em Cultura e Comunicação na Universidade de Lisboa, onde reside há quatro anos. Bebel mantém viva a sua produtora Amazon Black (cujo logo é uma negra rodeada por flores), onde realiza dois projetos, a BalacoBlack (primeira banda de blackmusic brasileira em Portugal), e a Amazônica, festa que ela organiza todos os meses em diversos espaços culturais e casas noturnas de Lisboa, co...

#BRAGA "Um poeta não se pega"

Eu conheci o poeta Sebastião Alba há cerca de 20 anos. E com ele desfrutei de sagrados diálogos, alguns dos quais revelados em “Um poeta não se pega”, filme que pode ser visto no Youtube ( https://www.youtube.com/watch?v=x9Hd3c-UTX4&t=472s ).

#ALBA “18 anos sem o grande poeta de Braga”

Dinis Albano Carneiro Gonçalves, cujo pseudónimo é Sebastião Alba (Braga, 11 de Março de 1940 - 14 de outubro de 2000) foi um escritor naturalizado moçambicano. Pertenceu à jovem vaga de autores moçambicanos que vingam na literatura lusófona. Nasceu em Braga, onde viveu durante anos. Radicou-se, juntamente com a sua família, em 1950, em terras moçambicanas e só voltou a Portugal em 1984, trasladando-se novamente para a «Cidade dos Arcebispos», Braga. Mas foi em Moçambique que se formou em jornalismo, e leccionou em várias escolas, e contraiu matrimónio com uma nativa. Publicou, em 1965, Poesias, inspirado na sua própria biografia. Um dos seus primeiros poemas foi Eu, a canção. Os seus três livros colocaram-no numa posição cimeira no ambiente cultural bracarense. Faleceu com 60 anos, atropelado numa rodovia. Deixa um bilhete dirigido ao irmão: «Se um dia encontrarem o teu irmão Dinis, o espólio será fácil de verificar: dois sapatos, a roupa do corpo e alguns papéis que a polícia ...