#ANÁLISE “Há uma crise política, ética e administrativa no Município de Bragança do Pará” (Por Francisco Weyl)
A educação agoniza no Município de Bragança do Pará. Há uma crise
política, ética e administrativa instalada no campo da Educação pública. Localizada
nas duas instâncias geopolíticas (Estado e Município), esta crise resulta da ausência
de políticas públicas eficientes e eficazes.
Desde o começo deste ano, foram inúmeras as queixas
denunciando as carências nas diversas estruturas educacionais do Estado e do
Município.
Desde o transporte escolar até as lotações, desde as aulas
até as merendas, desde as licitações até aos fechamentos de projetos, programas
e salas especiais.
Sem transparência e sem diálogos com os trabalhadores da
educação pública, prefeitura/Semed tentaram cortar o salário dos professores.
A reação dos professores logo alcançou a solidariedade da
sociedade e o caos se instalou.
O disse-me-disse do prefeito que fala mas não faz, uma
comissão e nomeada, sem poderes, mas é barrada pela reação do movimento social.
E os vereadores, que se concederam aumento tão logo
assumiram o mandato, onerando o Município em mais de um milhão de reais,
simplesmente fogem da sessão para não serem cobrados pelos professores para que assinem o pedido
de CPI.
Em meio a este processo, o Ministério Público desencadeia
operação (”Caeté”) com a qual vai até a
casa de secretários e de empresários, entre os quais o irmão do secretário de educação,
que tem gordos contratos com a administração municipal.
E para complicar ainda o abalo psicológico e emocional que
uma situação tensa como esta pode provocar, dois professores, ativistas do
Sintepp e do movimento LGBT, faleceram durante esta semana.
Não está a ser nada fácil para os professores, mas a
sociedade está do lado deles.
E nós, enquanto cidadãos de bem, que sonhamos com dias
melhores e por uma Bragança honesta, estamos com os professores, por uma
educação pública de qualidade.
Fonte © #TRIBUNADOSALGADO / TRIBUNADASEMANA
(Foto do atual secretário Isis a exercer seu direito de voto para diretor, quando foi reeleito para gerir a escola Gerson Alves Guimarães, hoje interditada
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