A mídia ameaça
A mídia ama a essa
Um diz que entende
O outro diz que não
Artista artífice artesão autor
Cada dia é um novo dia
Sou mais o escambo que o escambau
Sou mais a troca que o capital
Capital é o trabalho alheio acumulado pelos burgueses
Quem foi que agregou a demanda?
Quem é que avitou o super?
Quem amortizou o débito?
Quem adimpliu a meta?
A vitória não é de quem fala é de quem faz
Falar tem seu valor tem seu fulgor
Pode ser farol ou lanterna
A estética não é o bonito
É o belo
A vida é pura predação
Animalesca
O animal precede o humano
Difícil é conter os instintos
Dizem que instintos não é humano
E não agimos por instinto?
Quando componho eu tento equacionar o mundo
Por que se cumpre ordens?
Cada um faz do seu jeito
O outro vem e põe defeito
E ainda que defeito haja
Ninguém se meta a dar pitaco
No que não é de sua alçada
Quem critica o rabo espicha
Ainda mais se com razão
A razão não é coisa que aos outros se imponha
Não importa se é boa ou má a conha
Cada um com seu bagulho
A razão ou desrazão não é coisa que se ostente
Se a tens justo é deixá-la a quem não tenha
Quem a tem não precisa ter a mais
Quem precisa é quem a tem a menos
Texto © SÉRGIO SANTEIRO
SANTEIRO, Sérgio
Presidente de honra do FICCA - Festival Internacional de Cinema do Caeté, cineasta, professor, formado em Sociologia e Política pela PUC-RJ em 1967. Realizou exclusivamente filmes de curta-metragem, em geral documentários, marcados por forte sentido de experimentação.
Militante da causa do cinema independente brasileiro, foi um dos fundadores da Associação Brasileira de Documentaristas, tendo integrado suas primeiras diretorias, vindo a ser presidente da ABD do Rio de Janeiro (1981-83) e posteriormente da ABD Nacional (1997-99). Foi um dos grandes batalhadores pela implantação da Lei do Curta nas décadas de 1970-80, e ainda hoje é um dos maiores defensores da volta da aplicação deste mecanismo.
Iniciou-se em cinema com o curta "Paixão", em 1966, e foi diretor-assistente em "Os Herdeiros" (1970), de Carlos Diegues. Em 1989, quatro de seus curtas ("O Guesa", "Viagem Pelo Interior Paulista", "Ismael Nery" e "Encontro com Prestes") foram reunidos pela Funarte em videofonograma da série "Brasilianas" número 10 (VHS/NTSC, 55 min; recentemente relançado em DVD).
Chefiou o Departamento de Cinema e Vídeo (1996-99) e dirigiu o Instituto de Arte e Comunicação Social (1999-2003), Universidade Federal Fluminense, quando a partir de 2000 implantou no Instituto os dois canais públicos de televisão de Niterói: a Unitevê, canal universitário, e a Tv-Comunitária. Também lecionou cinema no CUP - Centro Unificado Profissional, de 1975 a 1981; e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, de 1975 a 1979.
Mantém uma coluna semanalmente às terças no jornal “A Tribuna”, de Niterói/RJ, transcrita em www.culturadigital.br/santeiro, e, agora, também aqui, na #TS.
A mídia ama a essa
Um diz que entende
O outro diz que não
Artista artífice artesão autor
Cada dia é um novo dia
Sou mais o escambo que o escambau
Sou mais a troca que o capital
Capital é o trabalho alheio acumulado pelos burgueses
Quem foi que agregou a demanda?
Quem é que avitou o super?
Quem amortizou o débito?
Quem adimpliu a meta?
A vitória não é de quem fala é de quem faz
Falar tem seu valor tem seu fulgor
Pode ser farol ou lanterna
A estética não é o bonito
É o belo
A vida é pura predação
Animalesca
O animal precede o humano
Difícil é conter os instintos
Dizem que instintos não é humano
E não agimos por instinto?
Quando componho eu tento equacionar o mundo
Por que se cumpre ordens?
Cada um faz do seu jeito
O outro vem e põe defeito
E ainda que defeito haja
Ninguém se meta a dar pitaco
No que não é de sua alçada
Quem critica o rabo espicha
Ainda mais se com razão
A razão não é coisa que aos outros se imponha
Não importa se é boa ou má a conha
Cada um com seu bagulho
A razão ou desrazão não é coisa que se ostente
Se a tens justo é deixá-la a quem não tenha
Quem a tem não precisa ter a mais
Quem precisa é quem a tem a menos
Texto © SÉRGIO SANTEIRO
SANTEIRO, Sérgio
Presidente de honra do FICCA - Festival Internacional de Cinema do Caeté, cineasta, professor, formado em Sociologia e Política pela PUC-RJ em 1967. Realizou exclusivamente filmes de curta-metragem, em geral documentários, marcados por forte sentido de experimentação.
Militante da causa do cinema independente brasileiro, foi um dos fundadores da Associação Brasileira de Documentaristas, tendo integrado suas primeiras diretorias, vindo a ser presidente da ABD do Rio de Janeiro (1981-83) e posteriormente da ABD Nacional (1997-99). Foi um dos grandes batalhadores pela implantação da Lei do Curta nas décadas de 1970-80, e ainda hoje é um dos maiores defensores da volta da aplicação deste mecanismo.
Iniciou-se em cinema com o curta "Paixão", em 1966, e foi diretor-assistente em "Os Herdeiros" (1970), de Carlos Diegues. Em 1989, quatro de seus curtas ("O Guesa", "Viagem Pelo Interior Paulista", "Ismael Nery" e "Encontro com Prestes") foram reunidos pela Funarte em videofonograma da série "Brasilianas" número 10 (VHS/NTSC, 55 min; recentemente relançado em DVD).
Chefiou o Departamento de Cinema e Vídeo (1996-99) e dirigiu o Instituto de Arte e Comunicação Social (1999-2003), Universidade Federal Fluminense, quando a partir de 2000 implantou no Instituto os dois canais públicos de televisão de Niterói: a Unitevê, canal universitário, e a Tv-Comunitária. Também lecionou cinema no CUP - Centro Unificado Profissional, de 1975 a 1981; e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, de 1975 a 1979.
Mantém uma coluna semanalmente às terças no jornal “A Tribuna”, de Niterói/RJ, transcrita em www.culturadigital.br/santeiro, e, agora, também aqui, na #TS.
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