Oh! Meu Santo Benedito!
Protegei teu povo
aflito
Do desvio dos
políticos.
Oh! Meu Santo Bendito!
Iluminai teus filhos
sofridos
Para que eles vejam
A injustiça dos
bandidos.
Oh! Meu Santo Protetor!
Dai força à resistência
Deste povo trabalhador
Que te louva com tanto
amor.
Este povo pescador,
E este povo roceiro,
Que ara a terra o ano
inteiro.
E te segue com fervor.
Oh! Meu Santo Preto!
Clareai a cegueira dos
brancos
Para que nunca mais
Humilhem os
negros-santos.
Oh! Meu Santo
Cozinheiro!
Dai terra a quem não
tem
Nenhum vintém.
A quem não tem mais
esperanças
Além das suas próprias
andanças
Neste mundo de
errâncias.
Oh! Meu Santo da Cura!
Fazei-me candura
Desde a semeadura
Para que a colheita
Seja farta de doçura.
Oh! Meu Santo Amado!
Fazei-me um navegador
Sem medo dos
naufrágios.
Fazei-me aves
Por sobre todos os
mares.
Oh! Meu Santo-Menino!
Fazei-me um peregrino
Das estradas e
caminhos.
Oh! Meu Santo Bené!
Dizei-me se Maria e
José
Abençoam a minha Fé!
Oh! Meu Santo Sagrado!
À noite, quando Rezo
Digo à Deus
Muito Obrigado!
E de manhã quando
acordo
Sinto a vida renovada
Como uma grande revoada
De guarás em meus
quintais
Ajuruteua nos meus
sonhos
Me banha nesses
encantos
Onde passeia meu
espírito
Até os portais do
infinito
Oh! Meu São Benedito.
Dizei-me uma só palavra
Para que meu poema
Tenha a marca da tua
pena
E que a minha alma
Lavrada seja
pela tua Paz.
Oh! Meu Santo Belo!
É tua a Luz que me
conduz.
Tal qual um Preto
Velho,
Exu e Menino Jesus.
Oh! Meu Santo do Caeté!
Que teu Rio me lave
E me torne leve
E ainda mais forte a minha
fé.
Para Aviz de Castro
© Carpinteiro de Poesia
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